Então ele me disse: “A minha graça é suficiente para você, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza.” Portanto, de boa vontade, mais me gloriarei nas fraquezas, para que o poder de Cristo repouse sobre mim.

2 Coríntios 12.9

Quem está falando com o apóstolo Paulo? Estamos todos em busca de respostas para nossas vidas. Às vezes, o que recebemos como resposta não é exatamente o que queríamos. No entanto, o que julgamos ser ruim para nós pode ser, na verdade, o melhor de Deus. O próprio Senhor respondeu a Paulo: “A minha graça te basta.” Paulo relata: “Por três vezes pedi ao Senhor que afastasse de mim o espinho na carne, que tanto me incomodava.” Mas a resposta que veio não foi a que ele esperava. Ainda assim, ele declara com fé: “De boa vontade, pois, mais me gloriarei nas fraquezas, para que sobre mim repouse o poder de Cristo.” Você já recebeu de Deus uma resposta que não esperava? Estava tão certo de que Ele responderia de outra maneira, mas os caminhos de Deus são insondáveis. Ainda assim, o Senhor, em sua bondade, explicita a razão da resposta: “Porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza.”

Em Gálatas 2.20, Paulo afirma: “Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim.” A cruz não é um aperfeiçoamento do eu, mas o fim do eu. E quando esse “eu” morre, o espaço da fraqueza absoluta se abre — e é exatamente ali que a graça entra com força total, pois já não há mais nada de Paulo para disputar com o poder de Cristo. Portanto, não podemos confundir fraqueza espiritual com pecado. De maneira alguma. Isso entra em perfeita harmonia com João 5.19, onde Jesus diz: “Em verdade, em verdade lhes digo que o Filho nada pode fazer por si mesmo.” Concluo com as palavras de A. W. Tozer: “A graça de Deus é suficiente, mas só é suficiente para aqueles que entenderam que não têm nada em si mesmos. Amém.

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ELP