"Não! Faço questão de pagar o preço justo. Não darei ao Senhor aquilo que pertence a você, nem oferecerei um holocausto que não me custe nada".

1 Crônicas 21.24

A Bíblia tem várias maneiras de nos ensinar lições preciosas — algumas de forma direta e outras de modo indireto. É importante lembrar que Davi governava sobre todo o Israel, com o reino unido e em paz. Matthew Henry, comentarista bíblico, declara: “Davi entendeu que o que é oferecido a Deus sem custo não tem valor moral. O sacrifício é precioso quando expressa amor genuíno.” Davi não se tornou rei por acaso; sua envergadura ética é notável, pois muitos, em situação semelhante, teriam se aproveitado da oferta de Araúna em vez de agir com a mesma integridade. Assim, a expressão “Não darei ao Senhor o que não me custe nada” tornou-se um padrão de adoração para ontem e para hoje: (1) Adorar é entregar, não apenas cantar — adorar é colocar algo de si no altar; (2) O custo revela o valor que damos a Deus — quem ama muito, entrega muito; (3) O altar é lugar de renúncia, não de conveniência — o altar que não consome nada, não transforma ninguém; (4) A entrega purifica a motivação — o sacrifício revela se buscamos o Doador ou apenas os dons; (5) O sacrifício abre caminho para a presença de Deus — o altar que custa se torna lugar de encontro com Deus. Você já se defrontou com uma situação como essa, de ter a oportunidade de obedecer a Deus às custas de terceiros? Desde o início de seu reinado, Davi deixou claro, por meio do Tabernáculo de Davi, que havia sido montado, um novo modelo de intimidade e adoração livre — sem véu, com música, louvor e acesso direto à presença de Deus — algo revolucionário para os adoradores do seu tempo. Quero concluir com um alerta: o modelo de Araúna, ofertar pelos outros, gera oportunismo, gera adoração superficial e barata; somente o que nos custa revela que tipo de adoradores nós somos. Amém.

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ELP