“Nós pregamos a Cristo crucificado, escândalo para os judeus e loucura para os gentios”.

1 Coríntios 1.23

Pense bem: a pregação é loucura, a mensagem é loucura e a ressurreição é loucura — mas não são engano nem mentira. Muito além da razão são essas verdades que somos levados a subir ao andar da fé, abraçando a glória do túmulo vazio, a glória do corpo ressuscitado e a alegria de servir a um Senhor vivo, crendo na mensagem angelical: “Não está aqui, ele ressuscitou.” É muito raro ouvir algum sermão com o título: A Loucura da Fé? Você já ouviu? Por que o Espírito Santo usaria essa palavra para descrever o evangelho e sua pregação? “Mas nós pregamos a Cristo crucificado, escândalo para os judeus e loucura para os gentios.” (1 Coríntios 1:23). O Evangelho parece loucura porque inverte os valores humanos. Veja como: (1) o Rei morre numa cruz — em vez de reinar com glória terrena, Ele se entrega em sacrifício; (2) a salvação vem pela fé — não por mérito, esforço ou obras humanas; (3) a morte é vencida por outro que morre — a vitória vem pela entrega, não pela resistência; e (4) a fraqueza da cruz revela o poder de Deus — o sofrimento se torna o palco da glória divina. John Stott declara: “Nada revela tanto a loucura aparente de Deus quanto a cruz. O que parece fraqueza e derrota é, na verdade, a vitória final.” Contudo, a fé cristã em si não é loucura. É confiança espiritual em Deus, baseada em sua revelação (Hebreus 11:1). A fé é chamada de dom de Deus (Efésios 2:8) — algo firme, fundamentado em promessas confiáveis. Por fim, a fé se ancora na verdade eterna, não em ilusões ou alucinações. Concluo com gratidão: obrigado, Senhor, porque o evangelho não é nem ópio do povo, nem fuga da realidade, mas o enfrentamento dela à luz da verdade revelada. Amém.

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