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2 CRÔNICAS 1 A 36

(Informações selecionadas de muitos ilustres estudiosos bíblicos, aos quais agradeço, adaptadas e reorganizadas por mim)

CURIOSIDADES E OUTRAS INFORMAÇOES

 

1. O Livro de 2ª Crônicas abrange os mesmos assuntos de 1 e 2 Reis, apenas omitindo as narrativas dos reis das dez tribos separadas.

2. Os dois livros (I e II Crônicas) seriam inicialmente um único.

3. O Segundo Livro das Crónicas continua o relato do primeiro. Dedica os primeiros nove capítulos ao reinado de Salomão e descreve em seguida a revolta das tribos do norte, que resultou na separação da dinastia davídica.

4. O reino unido, antes da separação, foi conduzido pelos seguintes reis, curiosamente todos com tempo de reinado semelhante: Saul (40 anos) , Davi (40 anos) e Salomão (40 anos).

5. O rei seguinte a Salomão foi Roboão, que, por sua inabilidade, provocou a divisão em dois reinos: Sul (Judá) com capital Jerusalém e Norte, (Israel) com capital em Samaria.

6. 2ª Crônicas põe em evidência a crise religiosa, moral e política que levou à queda do reino do Norte e depois à queda do reino de Judá e exílio da Babilónia.

7. Faz apenas uma ligeira referência ao exílio babilônico, informa do édito de Ciro, rei da Pérsia, que tomou a Babilônica e, depois, permitiu o regresso do povo hebreu a Jerusalém e a reconstrução do templo. Faz a ligação ao livro de Esdras.

8. 1 e 2 Crônicas relatam as mesmas coisas que foram relatadas nos livros de Reis e Samuel, acrescentando outras informações sobre os fatos que não foram mencionados. São uma espécie de complemento, mas escritos a partir de um enfoque sacerdotal, ou seja, dando ênfase a história religiosa dos israelitas de Judá, desconsiderando o histórico da sequência de reis iníquos do Reino do Norte (Samaria), por não considerá-lo mais como o povo escolhido de Deus.

9. AUTORIA

a) Não é mencionado o autor humano em 1 e 2 Crônicas, mas a tradição judaica favorece o nome de Esdras, o sacerdote (Ed 7.1-6) como sendo “o cronista”.

b) O autor das Crônicas apresentou uma versão diferenciada, acrescentando aspectos que não foram destacados especialmente pelos livros de Reis que descrevem relatos semelhantes

10. DATA

- Esses registros devem ter sido feitos em cerca de 450 a 425 a.C, pois menciona o retorno do povo do exílio da Babilônia, colocando o tempo de sua escrita neste período.

11. REIS DE JUDÁ APÓS DIVISÃO DAS TRIBOS

- Ao todo foram vinte reis que reinaram entre 930 e 586 a.C.

1º. Roboão: foi filho de Salomão e no início de seu reinado houve a separação entre as tribos do norte e as tribos do Sul (1 Rs 12:1-24; 14:21-31). Reinou por 17 anos entre 930 e 913 a.C.

2º.. Abias: reinou por 3 anos entre 913 e 910 a.C. (1Rs 15:1-8).

. Asa: reinou por 41 anos entre 910 e 869 a.C. (1Rs 15:9-24).

4º. Josafá: reinou por 25 anos entre 872 e 848 a.C. (1Rs 22:41- 50). Durante o reinado do rei Josafá Judá voltou a ser próspera, havendo paz entre Israel e Judá.

. Jeorão ou Jorão: reinou por 7 anos entre 848 e 841 a.C. (2Rs 8:16-24).

. Acazias: reinou por 1 ano em 841 a.C. Foi assassinado por Jeú, de Israel (2Rs 8:25-29; 9:29).

7ª. Atalia: reinou por 7 anos entre 841 e 835 a.C. Na verdade Atalia usurpou o poder quando seu filho, Acazias, foi assassinado (2Rs 11).

8º. Joás: reinou por 40 anos entre 835 e 796 a.C. Ele era filho de Atalia, e subiu ao poder quando Atalia foi deposta por um complô (2Rs 12).

9º. Amazias: reinou por 29 anos entre 796 e 767 aC. (2Rs 14:1-22).

10º. Uzias (ou Azarias): reinou por 52 anos entre 792 e 740 a.C. Durante o reinado do rei Uzias houve paz entre Judá e Israel, e ele fortaleceu e expandiu o reino (2Rs 14:1-22; 15:1-7).

11º. Jotão: reinou por 16 anos entre 740 e 735 aC.(2Rs 15:32-38)

12º. Acaz: reinou por 16 anos entre 735 e 715 a.C. Foi ele quem pediu ajuda aos assírios para resistir à Síria e Israel, o que acabou fazendo com que Judá ficasse dependente da Assíria (2Rs 16).

13º. Ezequias: reinou por 29 anos entre 715 e 686 a.C. (2Rs 18:1- 20:21).

14º. Manassés: reinou por 55 anos entre 686 e 642 aC. (2Rs 21:1-18)

15º. Amom: reinou por 2 anos entre 642 e 640 a.C. (2Rs 21:19-26).

16º. Josias: reinou por 31 anos entre 640 e 609 a.C. (2Rs 22:1- 23:30).

17º. Jeoacaz: reinou por 3 meses em 609 a.C. (2Rs 23:31-33).

18º. Jeoaquim: reinou por 11 anos entre 609 e 598 a.C. (2Rs 23:34- 24:7).

19º. Joaquim: reinou por 3 meses entre 598 e 597aC (2Rs 24:8-17)

20º. Zedequias: reinou por 11 anos entre 597 e 586 a.C. (2Rs 24:18- 25:26). - Em 586 aC., Jerusalém caiu sob o domínio de Nabucodonosor, sendo Judá exilado pela Babilônia (2Rs 25:1-7).

21º. Uma crônica é um relato de acontecimentos históricos apresentados na ordem em que ocorreram. Geralmente com toques de humor ou ironia.

12. Como dito anteriormente, Esdras é apresentando como o candidato mais provável para a autoria de Crônicas, não somente porque a antiga tradição judaica afirma, mas porque os versículos finais de 2 Crônicas (2Cr 36.22,23) se repetem (quase que literalmente) com os versículos iniciais de Esdras (Ed 1.1-3). Isso, além de reforçar Esdras como autor também dos livros de Crônicas também indica que Crônicas e Esdras tenham sido, em algum momento, uma única obra. Os versículos são: No primeiro ano do reinado de Ciro, rei da Pérsia, a fim de que se cumprisse a palavra do Senhor falada por Jeremias, o Senhor despertou o coração de Ciro, rei da Pérsia, para redigir uma proclamação e divulgá-la em todo o seu reino, nestes termos: "Assim diz Ciro, rei da Pérsia: "O Senhor, o Deus dos céus, deu-me todos os reinos da terra e designou-me para construir um templo para ele em Jerusalém de Judá.

13. TEMAS DE CADA CAPÍTULO: 

1º. A oração de Salomão

2º. O pedido de Salomão a Hirão

3º. O templo de Salomão

4º. Templo de Salomão – Utensílios

5º. Templo de Salomão – A glória de Deus

6º. Templo de Salomão – A oração

7º. Resposta de Deus a Salomão

8º. A administração de Salomão

9º. O esplendor de Salomão

10º. A tolice de Roboão

11º. Administração de Roboão

12º. As marcas da vergonha

13º. Abias é Nomeado Rei de Judá

14º. O reinado de Asa

15º. Coração dedicado

16. O pecado de Asa

17º. O reinado de Josafá 18: Aliança entre Josafá e Acabe

19º. O Senhor repreende Josafá

20º. A oração de Josafá

21º. O reinado de Jeorão

22º. O reinado de Acazias

23º. Joás é coroado Rei

24º. A morte de Joás

25º. O reinado de Amazias

26: O reinado de Uzias

27º. O reinado de Jotão

28º. O reinado de Acaz

29º. O reinado de Ezequias.

30: Convite Para a Páscoa

31º. A obediência de Ezequias

32º. Maior é o que está conosco

33º. O reinado de Manassés

34º. O reinado de Josias

35º. Josias prepara a Páscoa.

36º. A ruina de Judá e Jerusalém.

14. ESBOÇO DE 2 CRONICAS 

a) 1.1-17: As riquezas e a sabedoria de Salomão: 1,1-17.

b) Construção e consagração do templo de Jerusalém: 2.1-7, 22.

c) O reinado de Salomão e a sua morte: 8.1-9, 31. d) A revolta das tribos de Israel contra o rei Roboão: 10.1-19.

e) Os vários reis de Judá e seus acertos e erros: 11.1 a 28,27.

f) O reinado de Ezequias e a invasão da Assíria: 29.1-32, 33

g) Os reinados de Manassés e de Amon: 33.1-25.

h) O reinado de Josias e a descoberta do livro da lei:34,1-35,27

i) Os últimos reis de Judá: 36.1–16.

j) Destruição de Jerusalém e deportação para a Babilónia: 36,17–21.

k) Ciro decreta o fim do exílio: 36,22–23.

15. O Espírito Santo em Ação

- Há várias referências claras ao Espirito Santo:

a) Em 1º Crônicas (em 12.18 e em 28.12).

b) Em 2º Crônicas há referências claras ao Espirito Santo:

- É’ identificado como o “Espírito de Deus” (15.1; 24.20) e como o “Espírito do Senhor” (20.14).

- Nessas referências, o Espírito Santo inspirou ativamente Azarias (15.1), Jaaziel (20.14) e Zacarias (24.20) para que falassem da parte de Deus.

- Além dessas, muitos veem a presença do Espírito Santo na dedicação do templo (5.13,14).

16. REFORMAS ESPIRITUAIS ACONTECIDAS EM JUDÁ:

a) Sob o rei Asa (cap.15)

b) Sob o rei Josafá (17.6-10)

c) Sob o sacerdote e o rei Joás (23.16-19)

d) Sob o rei Ezequias (caps. 29-31)

e) Sob o rei Josias (caps. 34,35)

17. O Monte Moriá, onde Salomão construiu o templo (2 Cr 3.1), é um lugar altamente significativo para os cristãos, judeus e muçulmanos até hoje. Esse é o lugar onde se acredita que Abraão (chamado de patriarca dessas três principais religiões do mundo) ofereceria seu filho Isaque, em holocausto, isto é, sacrifício a Deus, em obediência a Deus (Gn 22.2), mas Deus o impediu, providenciando um cordeiro. Foi esse lugar que Davi comprou de Araúna, cinquenta anos antes, para construir um altar em sacrifício a Deus a fim de que a peste seja cessada entre o povo (1Cr 21.24-26).

18. Os muros de antigas cidades (2Cr 26.15) serviam para propósitos defensivos e ofensivos. Pela altura e larga espessura, ofereciam uma forte defesa contra o ataque e invasão de inimigos. Os muros também davam ao povo uma posição ofensiva vantajosa de onde jogavam pedras, atiravam flechas ou derramavam óleo quente sobre os agressores.

19. O ataque assírio à cidade de Laquís (2Cr 32.9) foi horrível para os seus habitantes. Arqueólogos encontraram os ossos de 1.500 corpos numa cova, um sinal do terrível cerco.

20. Os “lugares” ou ‘lugares altos“ onde as pessoas adoravam falsos deuses não eram necessariamente montes ou montanhas (2Cr 34.37). Eram plataformas sobre os quais os ídolos (falsos deuses) eram colocados.

21. O Vale do Megido (2Cr 35.22) deve ter sido um dos campos de batalha mais sangrentos do mundo. Arqueólogos desenterraram 20 cidades (umas em cima de outras) que foram destruídas nesse lugar.

22. Quando o autor escreveu os livros das Crônicas, já havia se passado muito tempo e, portanto, já existia a grande história, contada pelos livros de Josué, Juízes, Samuel e Reis. 23. Para o autor de Crônicas, o Templo de Jerusalém era tido pelos de Judá (reino do Sul) da sua época, como ‘moradia’ autêntica do Deus do verdadeiro povo de Israel e, portanto, o único lugar de culto legitimo ao Senhor, qualquer outro lugar seria ilegítimo.

24. Toda a história dos reis e do reino do Norte é omitida, pois no tempo em que o autor escreveu as Crônicas, os samaritanos (mistura genética do povo de Israel, com outras nações pagãs de povos que dominaram o reino do Norte). Como já eram inimigos acirrados, também não eram considerados povo de Deus, da nação santa, portanto, eram tidos como pagãos.


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