"Naqueles dias, não havia rei em Israel; cada um fazia o que parecia reto aos seus olhos."

Juízes 17.6

É difícil acreditar que, após a morte de Josué, por um período de cerca de 350 anos, depois da muralha de Jericó cair, após tomar posse da promessa, o povo eleito, carregando um legado de milagres e maravilhas, tenha descambado para uma desenfreada anarquia, vivendo como uma nação que não conhecia a Deus nem a Sua lei. Por duas vezes, o próprio livro de Juízes declara esse estado de decadência moral e espiritual: "Naqueles dias, não havia rei em Israel; cada um fazia o que parecia reto aos seus olhos" (Juízes 17:6; 21:25). No livro de Êxodo, a teocracia foi estabelecida, ou seja, o governo de Deus sobre Israel: "Agora, pois, se diligentemente ouvirdes a minha voz e guardardes a minha aliança, então sereis a minha propriedade peculiar dentre todos os povos" (Êxodo 19:5-6). O modelo de governo divino é a teocracia, não é anarquia, nem democracia, nem oligarquia. É Deus quem decide, pois tem o direito e a autoridade acima de todas as coisas debaixo dos céus. A verdadeira teocracia não é um sistema político, mas um coração submisso ao reinado de Deus. O pecado da anarquia espiritual está no fato de que cada um se torna seu próprio deus, determinando o que é certo e errado sem qualquer referência ao Senhor. Agora pergunto: De que maneira você tem permitido que Deus reine sobre sua vida? Por que a vida de muitas pessoas nunca dá certo? Por que muitos optam por viver sem Deus, buscando uma autonomia que está destinada ao fracasso? Teocracia significa aceitar que Deus reine. Ele quer ser o Rei em nossas vidas e lares. Concluo com uma frase de Charles Spurgeon: "O desejo de Israel por um rei foi, na verdade, um desejo de rejeitar Deus como seu soberano. Mas sempre que o homem governa sem Deus, a história é de fracasso e opressão."

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ELP