“Estes são como rochas submersas em vossas festas de fraternidade, banqueteando-se juntos sem qualquer recato, pastores que a si mesmos se apascentam; nuvens sem água, impelidas pelos ventos; árvores em plena estação dos frutos, destes desprovidas, duplamente mortas, desarraigadas;”

 Judas v. 12

Judas, irmão do Senhor, escreveu uma epístola de apenas um capítulo e, por sua capacidade de síntese, tentou dizer o que poderia ser desenvolvido em três. Tome como exemplo os versículos 12 e 13, nos quais ele lança mão de várias metáforas para descrever os falsos líderes que pululavam no seio da igreja em seus dias. Jesus não era apenas seu irmão — o Senhor ressurreto era seu Mestre, com quem Judas aprendeu os valores de piedade exigidos daqueles que, um dia, tiveram uma real experiência salvífica com Ele. Nos nossos dias, muitos acham que a aparência é tudo — mas não é assim. Judas classifica esses falsos líderes como nuvens sem água e árvores sem fruto, mesmo estando em plena estação dos frutos. Entendo que o modelo de aferição da primeira geração foi sendo diluído ao longo do tempo, porque o espelho de Judas se quebrou. Mas precisamos voltar à Palavra, ao manual de instrução, ao vade-mécum da fé — custe o que custar. A Reforma Protestante é um belo exemplo histórico de que é possível resgatar os modelos perdidos ao longo da história, assim como no Antigo Testamento levantaram-se reformadores como Davi e Josias para restaurar o que havia sido abandonado. Martyn Lloyd-Jones declara: “O perigo mais sutil na igreja é a ortodoxia sem vida — verdade doutrinária na boca, mas nenhuma água viva no coração.” Você se contenta com a aparência ou busca a essência? Chegou a hora de tomar uma atitude. Deixar de jogar para a plateia é uma necessidade. Busque andar com pessoas autênticas, que amam a Jesus e vivem a Sua Palavra. Termino com John Wesley: “Deus levanta pregadores vivos para anunciar um evangelho vivo. O que temos hoje são muitos ‘funcionários eclesiásticos’, mas poucos vasos de água viva.” Amém.

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ELP