“Assim diz o Senhor, o teu Redentor, o Santo de Israel: Eu sou o Senhor, o teu Deus, que te ensina o que é útil, e te guia pelo caminho em que deves andar.”

Isaías 48.17

Dentre as muitas funções que Deus assume ao longo das Escrituras — como mestre, agricultor, pastor, juiz e oleiro — há uma que se destaca de forma especial: a de professor. É nessa perspectiva que compreendemos sua tarefa de discipular e consolidar Israel no caminho da fidelidade e da obediência. Para isso, Ele utiliza três elementos pedagógicos fundamentais. A nuvem: “O Senhor ia adiante deles, de dia numa coluna de nuvem, para os guiar pelo caminho, e de noite numa coluna de fogo, para os alumiar” (Êxodo 13:21). O maná: “A casa de Israel deu-lhe o nome de maná. Era branco como semente de coentro e tinha gosto de bolo de mel” (Êxodo 16:31). Cada um deveria recolher apenas a porção necessária para o dia, conforme o seu consumo. E a rocha: “Eis que estarei ali diante de você sobre a rocha, em Horebe. Bata na rocha, e dela sairá água, para que o povo beba” (Êxodo 17:6). Esses elementos não atuam isoladamente, mas compõem um sistema de ensino integrado. O poder do Supremo Mestre está justamente em unir seus significados e efeitos como se fossem uma única lição viva, forjando no povo o caráter desejado: dependência e fidelidade. Paulo resume esse ensino magistral em 1 Coríntios 10:1–4: “Os nossos pais estiveram todos debaixo da nuvem, todos passaram pelo mar, todos comeram do mesmo alimento espiritual, e todos beberam da mesma bebida espiritual. Pois bebiam de uma rocha espiritual que os seguia. E a rocha era Cristo.” O que você tem aprendido com Deus? E as lições amargas do deserto — têm deixado marcas de maturidade? É importante lembrar: os elementos pedagógicos dados por Deus não visavam apenas facilitar a caminhada, mas sim provar, ensinar e moldar. F.F. Bruce declara: “A presença da nuvem, o maná e a rocha são graças espirituais — mas não substituem a fidelidade prática. Seu professor terreno usa um quadro, uma TV e um projetor – achando-se o máximo. Mas quem poderia lançar mão de elementos tão poderosos como o nosso Deus, o nosso Mestre. Ensina-nos, Senhor!”

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ELP