“Agora, pois, não vos entristeçais, nem vos irriteis contra vós mesmos por me haverdes vendido para cá; porque para conservação da vida Deus me enviou adiante de vós”.

Gênesis 45.5

Será que nós podemos olhar para um texto, uma expressão bíblica ou um lugar sob uma nova ótica, depois que muita gente nos impregnou com uma opinião que não reflete o consenso bíblico? Nossa tarefa é justamente essa: Egito Antes e Depois. José interpretou o Egito como lugar de conservação da vida e não como símbolo de pecado ou de mundo caído. Símbolos de pecado são Sodoma e Gomorra; de arrogância e idolatria, Babilônia. A família patriarcal foi salva da fome que assolava, e o Egito foi o lugar de conservação da vida que Deus escolheu. Você está começando a entender o que o texto diz? A palavra profética se cumpriu literalmente: “Sabe, com certeza, que a tua descendência será peregrina em terra alheia e será reduzida à escravidão, e será afligida por quatrocentos anos. Mas também eu julgarei a nação que os servirá; e depois sairão com grandes riquezas.” (Gênesis 15:13–14) John Calvin declara: “O Egito foi o útero em que Deus formou o Seu povo como corpo visível. O que parecia exílio era, na verdade, incubação para a glória futura de Israel.” Esse é o Egito Antes. Passemos agora ao Egito Depois: “O Senhor apareceu a José em sonho e disse: — Levante-se, tome o menino e sua mãe e fuja para o Egito. Fique lá, porque Herodes vai procurar o menino para o matar.” (Mateus 2:13–14) O que vemos aqui? Mais uma vez, o Egito se mostra como lugar de conservação da vida. Israel não podia voltar para o Egito, mas o Filho de Deus foi levado para lá, e de lá Ele foi chamado. O Egito passa a representar a geografia da providência, onde a vida é preservada pela sabedoria de Deus. Concluo dizendo: o mesmo Deus que usou o Egito para guardar a descendência de Jacó, usou-o também para guardar o próprio descendente de Davi — o Messias. Obrigado, Senhor, pelo entendimento real da Tua Palavra. Amém.

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ELP