"Porém o rei respondeu a Araúna: — Não! Eu quero comprar de você pelo devido preço, porque não oferecerei ao Senhor, meu Deus, holocausto que não me custe nada.

2 Samuel 24.24

A eira de Araúna se tornou o epicentro de uma decisão divina relacionada à punição de Davi por ter ordenado um recenseamento em Israel. Contabilizar a força humana para sair da dependência de Deus nunca é boa coisa. Foi nesse mesmo lugar, no monte Moriá, que Abraão esteve prestes a sacrificar seu filho Isaque em obediência ao Senhor, e foi também ali, nessa geografia já considerada sagrada, que Salomão construiu o primeiro templo. A praga matou setenta mil pessoas e só cessou quando o anjo do Senhor chegou à eira de Araúna. O Senhor havia concedido a Davi três opções de juízo: três anos de fome, três meses fugindo de inimigos ou três dias de peste enviada pelo Senhor. Aplacar a ira divina tornou-se compromisso de Davi; fazer cessar a mortandade era seu alvo. Mas como isso aconteceria? A compra da propriedade se transformou em holocausto diante do Senhor. Foi então que Davi declarou: “Não oferecerei ao Senhor holocausto que não me custe nada.” Esse mesmo lugar carrega uma história marcada por sacrifício, redenção, mortandade em Israel e, por fim, presença permanente com a construção do templo. Charles Spurgeon afirmou: “Quando os homens não dão o que lhes custa, é sinal de que não deram ainda o coração. O coração segue o sacrifício.” Infelizmente, vivemos dias em que as pessoas querem o máximo pelo mínimo. A oferta de Araúna invalidaria completamente o holocausto, pois cabia somente a Davi fazer essa entrega. Você entendeu o valor daquilo que oferecemos ao Senhor? Vance Havner disse: “Há muitos hoje que querem servir a Deus... desde que isso não lhes custe um centavo ou um minuto.” No fim, eu declaro: o rei Davi não foi um oportunista, foi um adorador. Amém.

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ELP