"Em Gibeão, apareceu o Senhor a Salomão, de noite, em sonhos. Disse-lhe Deus: Pede-me o que queres que eu te dê."

1 Reis 3.5

O que nos causa admiração no texto acima é a realidade espiritual revelada: Deus, por meio de um sonho, pode mudar uma realidade, transformar uma pessoa. Muitos, ainda hoje, não acreditam que Deus possa falar através de sonhos, impondo limites à comunicação divina. E se Deus lhe fizesse a mesma pergunta em sonho — “Pede-me o que quiseres que eu te dê” —, o que você responderia? Duvidaria ou saberia o que pedir? Charles Spurgeon declara: “O que pediu Salomão? Um coração sábio! E o que recebeu? Tudo o mais que não pediu. Aqueles que buscam primeiro o Reino de Deus e a sua justiça, têm todas as outras coisas acrescentadas.” Em segundo lugar, o texto destaca a liberalidade e generosidade de Deus para com aqueles a quem Ele escolhe. Somente um Deus que tudo pode e tudo possui poderia liberar uma palavra de alcance tão gigantesco a um homem em particular: “Pede-me o que quiseres que eu te dê.” Salomão pediu uma mente cheia de sabedoria, com o propósito de servir. Ainda que talvez não compreendesse totalmente, uma mente sábia era exatamente o que ele precisava para atrair, inclusive, uma fonte inesgotável de recursos materiais. Entre o sonho e a realidade, há, na verdade, um caminho a ser percorrido — caminho que muitos desacreditam e abandonam por desânimo ou incredulidade. Mas com Salomão foi diferente. Concluo com as palavras de John Stott: “A oração que Deus mais se apressa em atender é aquela que alinha o coração do homem ao seu propósito eterno.” Para Stott, Salomão foi ouvido não porque pediu pouco, mas porque pediu certo — em harmonia com o propósito de Deus para sua vida. Que Deus nos conceda sabedoria! Amém.

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ELP